MotoGP, 2021: Teste Qatar, a Ducati e a inovação
2 minutos de lecturaNenhuma marca trouxe para o Qatar tantas novidades como a Ducati. A fértil imaginação de Gigi Dall’Igna parece não ter limites e os resultados estão à vista
A volta de ataque de Miller na noite de quarta-feira foi a prova de que ele e o novo modelo da GP21 estão a parecer uma parceria formidável esta temporada, com os reis da inovação do MotoGP a trazer muitas peças novas para testar no Qatar.
O mais notável foi um novo conjunto aerodinâmico dianteiro, uma mudança significativa e algo que nunca vimos antes.
De cada lado da aresta de ataque da carenagem, há uma espécie de condutas que depois fecham em espiral numa direção descendente e tenderiam a atirar o ar recolhido para baixo, criando pressão lateral quando a moto está inclinada.
É difícil ter a certeza, mas a Ducati pode ter estado à procura de uma forma de limpar o fluxo de ar nessa zona, canalizando-o para aumentar a velocidade máxima, bem como criar mais aderência em curva.
Em outros aspetos, a famosa ‘caixa de salada’ tem uma forma diferente nas novas motos.
A cauda está nitidamente mais estreita quando vista de cima, o que pode ser outro fator a ajudar a cortar o ar a caminho da temível velocidade de ponta conseguida pelas vermelhas, que atinge quase os 360 Km/h e bate todas as outras marcas por boa margem.
Outra das grandes mudanças que vimos em 2021 é o dispositivo frontal que a maioria das fábricas tem agora.
A Ducati, mais uma vez, foi a inovadora, mas juntamente com Aprilia, Honda, KTM e Suzuki, todas foram vistas no Qatar a sair da linha com a mota agachada na frente, bem como na traseira.
Ao chegar à primeira curva, um toque num manípulo faz a suspensão regressar ao normal.
A Ducati irá agora decidir que peças adotar, pois uma vez homologadas, só uma atualização será permitida ao longo da época.
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