29/04/2024

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Pesquisadores fazem testes em quem usa drogas nas baladas e identificam substância que causa necrose

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O repórter Chico Bahia e o repórter cinematográfico Fernando Grolla acompanharam a coleta e conversaram com as pessoas que participaram do teste. Pesquisadores fazem testes em quem usa drogas nas baladas e identificam substância que causa necrose O Profissão Repórter desta terça-feira (24) mostrou quais são as drogas mais utilizadas na atualidade e os impactos que elas provocam na saúde da população. No interior de São Paulo, uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pesquisa quais substâncias são consumidas em festas, festivais e shows. Participe do canal do g1 no WhatsApp Na última pesquisa, realizada entre 2018 e 2020, 70% das amostras identificaram substâncias diferentes das declaradas pelos usuários, incluindo um vermífugo utilizado para diluir a cocaína, o que pode causar necrose nas extremidades do corpo, como nariz, dedos e pés. O repórter Chico Bahia e o repórter cinematográfico Fernando Grolla acompanharam a coleta e conversaram com as pessoas que participaram do teste. “A gente tem percebido que existe uma discordância entre o que o usuário consome e o que a gente encontra nas amostras biológicas. Isso é um fator de risco, pois se ela for mais potente ele tem o risco de ter uma overdose e feitos indesejados”, afirmou o pesquisador Rafael Lanaro. "Eu tomei uma bala [nome utilizado para designar MDMA] faz 1h30. Ainda é uma coisa muito nova no Brasil, não se fala muito sobre isso, de ter esse controle de qualidade da substância que estamos ingerindo”, afirmou um dos voluntários da pesquisa. A pesquisadora Aline Franco Martin explica que é feita uma coleta por saliva de quem fez o uso de alguma substância nos eventos. A participação é de maneira voluntária, gratuita e garante o anonimato dos participantes. Pesquisadores da Unicamp trabalham nas amostras coletadas em festas. Reprodução/Profissão Repórter LEIA TAMBÉM: VÍDEO: Jovens viciados em drogas K, que causam 'efeito zumbi', consomem substância em terminal de SP Profissão Repórter faz alerta para 'droga nova, forte e perigosa' que se espalha entre os jovens Consumo de droga sintética cresce nas ruas, principalmente entre os jovens 'Podemos aprender com a experiência dos EUA', diz pesquisador sobre uso recreativo de opioides no Brasil “No Brasil, a gente não sabe a procedência dos tipos de drogas, principalmente alucinógenos, que a gente sabe que há muita alteração dentro da química em que ele é produzido”, diz uma usuária que também consumiu MDMA. “Por mais que seja uma droga que não seja legalizada, eu não quero consumir uma coisa que eu não imagino o que seja”, conta outro voluntário. As amostras de saliva colhidas na festa são levadas ao laboratório da Unicamp. Os pesquisadores comparam as substâncias identificadas com o que haviam sido declarado. O resultado é compartilhado com os usuários por meio de um link anônimo. Veja a íntegra do programa: Edição de 24/10/2023 Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter abaixo:

O repórter Chico Bahia e o repórter cinematográfico Fernando Grolla acompanharam a coleta e conversaram com as pessoas que participaram do teste.

Profissão Repórter desta terça-feira (24) mostrou quais são as drogas mais utilizadas na atualidade e os impactos que elas provocam na saúde da população. No interior de São Paulo, uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pesquisa quais substâncias são consumidas em festas, festivais e shows.

Na última pesquisa, realizada entre 2018 e 2020, 70% das amostras identificaram substâncias diferentes das declaradas pelos usuários, incluindo um vermífugo utilizado para diluir a cocaína, o que pode causar necrose nas extremidades do corpo, como nariz, dedos e pés.

O repórter Chico Bahia e o repórter cinematográfico Fernando Grolla acompanharam a coleta e conversaram com as pessoas que participaram do teste.

“A gente tem percebido que existe uma discordância entre o que o usuário consome e o que a gente encontra nas amostras biológicas. Isso é um fator de risco, pois se ela for mais potente ele tem o risco de ter uma overdose e feitos indesejados”, afirmou o pesquisador Rafael Lanaro.

«Eu tomei uma bala [nome utilizado para designar MDMA] faz 1h30. Ainda é uma coisa muito nova no Brasil, não se fala muito sobre isso, de ter esse controle de qualidade da substância que estamos ingerindo”, afirmou um dos voluntários da pesquisa.

A pesquisadora Aline Franco Martin explica que é feita uma coleta por saliva de quem fez o uso de alguma substância nos eventos. A participação é de maneira voluntária, gratuita e garante o anonimato dos participantes.

Pesquisadores da Unicamp trabalham nas amostras coletadas em festas. — Foto: Reprodução/Profissão Repórter

Pesquisadores da Unicamp trabalham nas amostras coletadas em festas. — Foto: Reprodução/Profissão Repórter