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MotoGP, 2020: As causas do sucesso da Yamaha Petronas

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Paulo AraújoMotoGP, 2020: As causas do sucesso da Yamaha Petronas

Até agora a Yamaha Petronas SRT, apesar de ser uma formação satélite a lutar contra 6 fábricas, venceu quase metade das corridas disputadas em 2020… Como pôde isso acontecer? Quando uma equipa satélite, a três corridas do fim do Campeonato, venceu praticamente metade dos grandes prémios disputados até agora, cinco de onze, com os seu […]

Depois, os pilotos da equipa foram anunciados como Franco Morbidelli, que vinha afinal com o título de Moto2 de 2017 no bolso… e, na altura considerado um risco calculado, preferido sobre a opção de Álvaro Bautista, o jovem francês Fábio Quartararo.

Após fazer uma série de poles e liderar corridas em 2019 no seu, e da equipa, ano de estreia na classe rainha, sem no entanto nunca ter vencido, Quartararo acabou em 5º no mundial, contra o 10º de Morbidelli.

Razlan Razali deve ter lamentado as palavras proferidas na apresentação da formação quando disse que “não fazia sentido gastar dinheiro em duas motos oficiais quando Quartararo tinha que aprender e habituar-se à classe no seu ano de estreia”.

O Francês de Cannes, há muito residente em Espanha, habituou-se tão bem que este ano é o piloto com o maior número de vitórias, três, e a dada altura, até à oitava corrida, e no ano com mais vencedores diferentes de que há memória, era o único que tinha vencido mais de uma vez.

Na 6ª corrida em Misano, Franco Morbidelli juntou-se a ele ao vencer o GP de San Marino, e com a última em Teruel, completou as cinco vitórias dos dois pilotos da Petronas Sepang até agora, tornando a formação a equipa mais vencedor em 2020, e agora com dois sérios candidatos ao título em jogo:
Quartararo tem vindo a liderar o Mundial e está agora segundo, e Morbidelli em quarto, ambos ao equivalente de uma vitória em pontos do líder Joan Mir, portanto um resultado que pode ser invertido em qualquer altura…

Depois, a entrada de Valentino Rossi na equipa para 2021, infelizmente por troca com a estrela Quartararo, que vai para a equipa oficial, demonstra a continuada liquidez da equipa, pois além do mais, Rossi conseguiu trazer para a equipa para o ano o seu técnico chefe David Muñoz, o homem da telemetria Matteo Flamigni e o seu treinador pessoal Idálio Gavira.

A troca em si também fala volumes da capacidade financeira da formação, porque embora seja natural que Rossi, em fim de carreira, tenha aceite uma redução de seu substancial salário, continua a ser improvável que se situe muito abaixo dos 8 milhões de dólares, que é, por si só , mais do que outras equipas da traseira do pelotão têm para gerir o seu esforço o ano inteiro.

Por contraste com os 1,5 milhões de Quartararo, ( que provavelmente serão dobrados para 2021), implicam um incremento das despesas de Razali.

Outro fator completamente intangível mas que muitos dizem ser importantíssimo, é o bom ambiente familiar que se goza na equipa.

A pressão de uma equipa de fábrica, (e a Ducati vem imediatamente à mente) é constante e por vezes esmagadora.

Entre os pilotos e pessoal, a rivalidade de um para o outro lado da garagem pode ser feroz, há críticas e perguntas quando o piloto passa por um período sem fornecer resultados consistentes e despedimentos quando ele não o faz, como vimos com Petrucci e com o próprio Dovizioso, que ainda está em contenção para o Campeonato e chegou a liderá-lo, mas mesmo assim foi despedido de formação de Bolonha

 

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October 26, 2020 at 10:07AM

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