03/05/2024

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Lavagna compara imposto sobre grandes fortunas a «chicote» contra investimento

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O ex-ministro da Economia discordou, assim, dos deputados que integram seu partido político.

O ex-ministro Roberto Lavagna questionou o imposto sobre grandes fortunas proposto pelo governo do presidente Alberto Fernández, depois que parte de sua bancada de legisladores, do Consenso Federal, votou a favor do projeto de lei na Câmara dos Deputados.

“Não é com chicote que se estimula investimento, mas com os instrumentos e o desenho de uma paisagem que mostre um caminho para a prosperidade”, afirmou Lavagna um tuíte.
“O Consenso Federal é um espaço democrático e, portanto, aberto ao debate externo e interno, respeitando as posições personalíssimas expressas por seus membros, por exemplo, nas votações no Congresso Nacional. Essa é a nossa inspiração”, disse no fio do tuíte.
“E nesta dinâmica surgem, às vezes, posições públicas pessoais muito respeitáveis sobre aspectos instrumentais, que são justificadas por aqueles que as defendem”, acrescentou o ex-ministro da Economia, Lavagna.
O imposto sobre grandes fortunas foi aprovado na Câmara dos Deputados com 133 votos a favor (exigia-se um mínimo de 129), 115 contra e duas abstenções. Agora deverá ser discutido no Senado.

De acordo com o projeto, o imposto será aplicado apenas uma vez e atingirá pessoas com patrimônio superior a 200 milhões de pesos.

Lavagna não só criticou o novo imposto promovido pelo deputado federal Máximo Kirchner, filho da ex-presidente e vice-presidente Cristina Kirchner, como também apontou a necessidade de diminuir a carga tributária sobre os setores produtivos.
“Nenhuma dessas posições modifica minha convicção de que a única possibilidade de a Argentina iniciar a recuperação é criar condições para impulsionar investimentos, que geram novos empregos com condições mais modernas e tão justas quanto as atuais”, disse.
E lembrou que “em 2002, quando começamos a sair da crise, fizemos o esforço com todo o povo argentino, rico e pobre, se é que querem dividi-lo assim, sem ajuda externa”.
“O investimento que sustentou o início de um ciclo virtuoso de cinco anos de crescimento a taxas de 9% ficou a cargo de argentinos que foram incentivados a fazê-lo. NÃO desincentivados”, observou.
Nesse sentido, sugeriu que “hoje as coisas deveriam ser feitas para que o resultado seja o mesmo” e deu como exemplo “uma redução maciça de impostos para a criação de empregos e investimento em PMEs”.

“Não é com chicote que se estimula investimento, mas com os instrumentos e o desenho de uma paisagem que mostre um caminho para a prosperidade”, concluiu o ex-ministro Roberto Lavagna.

“Não é com chicote que se estimula investimento, mas com os instrumentos e o desenho de uma paisagem que mostre um caminho para a prosperidade”, concluiu.
Pouco depois, em um novo tuíte, alertou que “uma contribuição solidária é compreensível se o seu desenho criar mecanismos que sejam compatíveis, e até incentivem o investimento e a criação de empregos”.
Lavagna, ex-candidato à presidência, é um dos economistas que o presidente Alberto Fernández costuma ouvir fora do governo, embora em diversas ocasiões tenha expressado seu desacordo com as medidas tomadas em meio à crise.

 

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Fuentes ARG,- Clarín em Portugues2020  Clarin.com