29/04/2024

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Israel: Benjamin Netanyahu e a oposição formam governo de emergência até o fim da guerra

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A nova coalizão só poderá tomar decisões relacionadas à guerra - não poderá discutir novas leis nem nomear integrantes do gabinete. Netanyahu se une a principal opositor e forma governo de emergência em Israel O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e a oposição se uniram em um governo de emergência e na criação de um gabinete de guerra em Israel. O governo de emergência entra em vigor imediatamente. O ex-comandante das Forças Armadas e ex-ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, antigo rival do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, aceitou fazer parte do novo Gabinete de Segurança. Ele conduzirá as operações de guerra junto com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e de Netanyahu. Nos últimos anos, Benny Gantz se tornou cada vez mais crítico de Netanyahu por causa das alianças com a extrema-direita e dos escândalos de corrupção. Ao anunciar o acordo, Benjamin Netanyahu disse: “Esta noite, criamos um governo nacional de emergência. Israel está unido e, a partir de hoje, seus líderes também estão unidos. Deixamos de lado as divergências, porque o destino do nosso país está em jogo”, afirmou Netanyahu. A nova coalizão só poderá tomar decisões relacionadas à guerra - não poderá discutir novas leis nem nomear integrantes do gabinete. O acordo anunciado nesta quarta-feira (11) não apaga as diferenças políticas entre os partidos israelenses, nem melhora a situação do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que estava enfraquecido antes do início da guerra. O apelido de “Bibi” sugere um líder querido pelos eleitores. Mas a popularidade de Benjamin Netanyahu foi seriamente abalada depois que ele propôs - e o Parlamento aprovou - uma reforma no Judiciário que dá ao primeiro-ministro o poder de reverter decisões da Suprema Corte. Milhares de israelenses protestaram semanalmente contra a reforma desde o início de 2023. Muitos acusaram Netanyahu de querer mudar a lei para escapar de três processos de corrupção contra ele na Justiça. Kibutz: o que são as comunidades israelenses atacadas pelo Hamas A reforma dá ao Parlamento poder para anular decisões da Justiça. O professor de Direito Amos Guiora, da Universidade de Utah, diz que a reforma ameaça a democracia israelense. “Democracia prevê duas coisas: a separação de Poderes e o sistema de freios e contrapesos. E enfraquecer o Judiciário transformaria Israel em um híbrido de uma democracia com uma ditadura”, afirma. Benjamin Netanyahu é o primeiro-ministro há mais tempo no poder; está no sexto mandato. Para voltar ao poder, buscou o apoio de seis partidos, incluindo legendas de extrema direita e ultraortodoxos, e formou o governo mais conservador e religioso da história de Israel. Os ministros são conhecidos por ataques à comunidade árabe, à comunidade LGBTQIA+, à liberdade religiosa e questionam até quem pode se considerar judeu. A maioria dos aliados de Benjamin Netanyahu defende a expansão dos assentamentos judeus na Cisjordânia, no território palestino. O professor Guiora considera que não há como apagar a falha do atual governo em não se antecipar o ataque terrorista do Hamas. “Os ataques do Hamas foram atrozes, ponto. Mas Netanyahu errou ao deslocar tropas para Cisjordânia, ao se aliar à extrema direita, racistas e fascistas, abandonar os israelenses do sul do país e formar um governo que não funciona", diz. LEIA TAMBÉM Israel x Hamas: Lula publica 'apelo' por libertação de crianças reféns e intervenção humanitária na região Quem são os reféns feitos pelo Hamas em Israel Brasileira em Gaza é avisada sobre ataque à casa vizinha: 'Não temos tempo suficiente para sair'

A nova coalizão só poderá tomar decisões relacionadas à guerra – não poderá discutir novas leis nem nomear integrantes do gabinete.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e a oposição se uniram em um governo de emergência e na criação de um gabinete de guerra em Israel.

O governo de emergência entra em vigor imediatamente. O ex-comandante das Forças Armadas e ex-ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, antigo rival do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, aceitou fazer parte do novo Gabinete de Segurança. Ele conduzirá as operações de guerra junto com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e de Netanyahu.

Nos últimos anos, Benny Gantz se tornou cada vez mais crítico de Netanyahu por causa das alianças com a extrema-direita e dos escândalos de corrupção. Ao anunciar o acordo, Benjamin Netanyahu disse:

“Esta noite, criamos um governo nacional de emergência. Israel está unido e, a partir de hoje, seus líderes também estão unidos. Deixamos de lado as divergências, porque o destino do nosso país está em jogo”, afirmou Netanyahu.»

A nova coalizão só poderá tomar decisões relacionadas à guerra – não poderá discutir novas leis nem nomear integrantes do gabinete. O acordo anunciado nesta quarta-feira (11) não apaga as diferenças políticas entre os partidos israelenses, nem melhora a situação do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que estava enfraquecido antes do início da guerra.

O apelido de “Bibi” sugere um líder querido pelos eleitores. Mas a popularidade de Benjamin Netanyahu foi seriamente abalada depois que ele propôs – e o Parlamento aprovou – uma reforma no Judiciário que dá ao primeiro-ministro o poder de reverter decisões da Suprema Corte. Milhares de israelenses protestaram semanalmente contra a reforma desde o início de 2023. Muitos acusaram Netanyahu de querer mudar a lei para escapar de três processos de corrupção contra ele na Justiça.

A reforma dá ao Parlamento poder para anular decisões da Justiça. O professor de Direito Amos Guiora, da Universidade de Utah, diz que a reforma ameaça a democracia israelense.

“Democracia prevê duas coisas: a separação de Poderes e o sistema de freios e contrapesos. E enfraquecer o Judiciário transformaria Israel em um híbrido de uma democracia com uma ditadura”, afirma.

Benjamin Netanyahu é o primeiro-ministro há mais tempo no poder; está no sexto mandato. Para voltar ao poder, buscou o apoio de seis partidos, incluindo legendas de extrema direita e ultraortodoxos, e formou o governo mais conservador e religioso da história de Israel.

Os ministros são conhecidos por ataques à comunidade árabe, à comunidade LGBTQIA+, à liberdade religiosa e questionam até quem pode se considerar judeu. A maioria dos aliados de Benjamin Netanyahu defende a expansão dos assentamentos judeus na Cisjordânia, no território palestino.

O professor Guiora considera que não há como apagar a falha do atual governo em não se antecipar o ataque terrorista do Hamas.

“Os ataques do Hamas foram atrozes, ponto. Mas Netanyahu errou ao deslocar tropas para Cisjordânia, ao se aliar à extrema direita, racistas e fascistas, abandonar os israelenses do sul do país e formar um governo que não funciona», diz.