28/03/2024

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Ibovespa recua com temores sobre Evergrande e cerco ao bitcoin na China

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Incorporadora chinesa volta aos holofotes do mercado, após deixar de pagar dívida e alimentar preocupações sobre possível falência

B3; Bolsa; Bovespa; Painel; Investimento; Ações Foto: Germano Lüders 16/11/2020

O Ibovespa recua nesta sexta-feira, 24, com a maior cautela no mercado internacional em relação às novas ameaças da China. Às 10h40, o principal índice da B3 caía 0,71% para 113.279 pontos.

Nesta madrugada, o banco central chinês emitiu comunicado dizendo que todas as atividades relacionadas a criptomoedas são ilegais. A China também reforçou que os investidores locais não devem ter acesso a bolsas internacionais de moedas digitais e que vê com urgência a necessidade de erradicar as mineradoras de criptomoedas do país. A nova repressão alimenta o cenário de incertezas e provoca fortes quedas no bitcoin e ethereum, que têm respectivas perdas de 5,5% e 10,7%.

Outro temor é quanto às consequências de uma possível quebra da gigante chinesa Evergrande, que possui 300 bilhões de dólares de endividamento. As preocupações, que rondam as bolsas globais desde o início da semana, se acentuaram após o não pagamento de um dívida milionária que deveria ter sido feito na quinta-feira, 23.

Por aqui, economistas voltam a se debruçar sobre os dados de inflação, após o Índice de Preço ao Consumidor Amplo da primeira quinzena (IPCA-15) do mês ficar em 1,14%, acima das projeções de 1,02% de alta. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 superou a barreira dos 10% pela primeira vez desde 2016.

«A inflação está de fato mais persistente que inicialmente imaginado e choques exógenos de custos se tornaram endógenos através da elevada indexação da economia brasileira», comenta em nota André Perfeito, economista-chefe da Necton. Para Perfeito, os dados de inflação mais fortes devem levar Banco Central a prolongar o ciclo de alta de juros. Segundo ele, o BC deve encerrar o ajuste monetário apenas na segunda reunião de 2022, com a Selic atingindo 9,5%.

Destaques da bolsa
Apesar do cenário negativo, as ações dos frigoríficos figuram entre as maiores altas da bolsa, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar sem restrições a aquisição da Marfrig (MRFG3) de participação na BRF (BRFS3). Na bolsa, as ações da BRF sobem 1,6% e as da Marfrig, 0,27%, mas são suas concorrentes que lideram as altas. Na ponta do Ibovespa, a Minerva (BEEF3) avançam 4,6% e as da JBS (JBSS3), 2,21%.

Fuentes BR,Fuentes BR