Tropicalex 2023: Submarino ‘Riachuelo’ estreia simulando lançamento do SM-39 Exocet contra a Esquadra
2 minutos de lecturaPor Guilherme Wiltgen
A Tropicalex 2023 foi marcada pela estreia do recém comissionado Submarino Riachuelo (S 40), primeiro de uma classe de quatro submarinos baseados no projeto Scorpène, do ambicioso Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), da Marinha do Brasil, que visa prover a Esquadra Brasileira de quatro modernos submarinos diesel-elétricos, construídos em parceria com o grupo francês Naval Grupo e a Itaguaí Construções Navais (ICN).
Incorporado à Esquadra em 1º de setembro de 2022, o Submarino Riachuelo passou por extensos testes de aceitação antes da sua cerimônia de mostra de Armamentos e, antes de ser transferido para o Setor Operativo, o S 40 passou pelo Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché (CIAMA) composta por três fases:
• Verificação de chegada,
• Programa de Adestramento no Mar e
• Verificação de eficiência.
Ao longo dessas três fases, ocorreram adestramentos dos militares e testes de eficiência. A tripulação do submarino foi avaliada nos seguintes âmbitos:
• Adestramento,
• Apresentação marinheira,
• Armamento,
• Controle de avarias,
• Comunicações,
• Fainas marinheiras,
• Manobra,
• Navegação e
• Prevenção ambiental.
Durante esse período, o Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão (CAAML) deu todo o apoio à tripulação do Riachuelo, de forma que fosse alcançada a excelência em todos os testes para entrar em Fase III, quando o submarino estaria pronto para o Setor Operativo da Esquadra.
Primeira missão operativa
Na sua primeira participação em uma operação militar, o Submarino Riachuelo atuou como Figurativo Inimigo (FIGIN), entrando em ação no exercício de Trânsito com Oposição de Submarinos. A sua missão foi simular a ameaça aos navios empregando de forma inédita um míssil submarino-superfície MBDA Exocet SM-39, ao invés de um torpedo F21. O Riachuelo permaneceu a uma distância equivalente a 55 km dos navios, de forma a dificultar a sua detecção.
Os mais modernos e letais submarinos da América do Sul podem ser armados com torpedo F21 e míssil SM-39 Exocet. Os novos “Tubarões de Aço” brasileiros são capazes de cumprir os mais diversos tipos de missões nos atuais teatros de operação no mar, estando também totalmente aptos a participarem dos mais complexos exercícios navais realizados pelas principais Marinhas do mundo.
FOTOS: Ilustrativas
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