Brasileiros investem R$ 11 milhões em fundos de criptomoedas durante semana de quedas
2 minutos de lecturaNa última semana, investidores retiraram R$ 840 milhões de fundos com exposição a criptomoedas, apontam dados da CoinShares. Este é o maior fluxo de saída desde a segunda semana de março deste ano. Apesar da retirada massiva de capital de fundos ligados a moedas digitais, os brasileiros aproveitaram o momento de baixa para aportar R$ 11 milhões nesses instrumentos de invesitmento.
Quase R$ 1 bilhão em saques
A maior queda em ativos sob gestão (AUM, na sigla em inglês) de fundos cripto foi registrada em março deste ano, com a saída de R$ 1,27 bilhão. Esta é a maior queda da história desses instrumentos de investimento. A CoinShares aponta que a pressão regulatória nos Estados Unidos sobre as exchanges de criptomoedas foi o motivo.
Entre os dias 21 e 27 de agosto, a segunda queda mais brusca de 2023 foi registrada, com a saída de R$ 840 milhões de fundos com exposição a ativos digitais. Como sempre, os fundos apostando na valorização do Bitcoin
BTC
R$134.925
lideraram o movimento, com queda de R$ 745 milhões em AUM
Os fundos apostando na queda do BTC também registraram queda nos ativos sob gestão, com a saída de R$ 20 milhões em uma semana. Os fundos cripto com exposição ao preço do Ethereum
ETH
R$8.453
também exibiram fluxo de capital negativo, com a saída de R$ 84 milhões no mesmo período.
AUM de fundos cripto por ativo de exposição. Imagem: CoinShares
Brasileiros na contramão
Como também é de costume, os brasileiros foram na contramão do movimento, e aproveitaram as quedas nos preços dos criptoativos para aumentar a exposição por meio de fundos. Os fundos sediados no Brasil cresceram R$ 11 milhões em AUM na última semana, marcando o maior fluxo de aportes na semana.
AUM de fundos cripto por país. Imagem: CoinShares
Esse comportamento já foi evidenciado em outros relatórios da CoinShares: brasileiros realizam aportes durante quedas nos preços dos criptoativos, e retiram valores quando o mercado exibe alta. A movimentação sugere que os investidores do Brasil aproveitam as altas para realizar lucros.
O maior fluxo de saída de fundos cripto foi visto na Alemanha, que representou queda de R$ 340 milhões em AUM. O Canadá ficou em segundo lugar, com queda de R$ 305 milhões em ativos sob gestão.
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