21/12/2024

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Mercado imobiliário do Brasil inova e implementa tecnologia blockchain para registro e operação de todos os corretores de imóveis do país

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Todos os contratos de corretagem imobiliária do Brasil serão registrados em blockchain conforme revelou o ex-diretor do Banco Central Tony Volpon

Todos os contratos de corretagem imobiliária do Brasil serão registrados em blockchain conforme revelou o ex-diretor do Banco Central Tony Volpon

Todos os contratos de corretagem imobiliária do Brasil serão registrados em blockchain conforme revelou o ex-diretor do Banco Central Tony Volpon. Em janeiro deste ano o CONFECI havia autorizado uso da tecnologia blockchain para o registro de negociações e documentos no setor e agora a plataforma está ativa.

A iniciativa inédita tem como finalidade modernizar o processo de fiscalização do exercício da atividade de intermediação imobiliária ante às novas tecnologias utilizadas pelo mercado imobiliário.

Segundo Volpon, na plataforma em blockchain do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), todos que trabalham como corretores de imóveis devem registrar suas operações e imóveis com os quais estão trabalhando.

“Agora temos um modelo de contrato aplicável a qualquer tipo de contratação de corretagem imobiliária, porém, controlado em todos os seus detalhes pelo uso da tecnologia blockchain, inclusive quanto à prevenção contra o chamado bypass (calote) de honorários profissionais”, disse ao Estadão/Broadcast o presidente do Sistema Cofeci-Creci, João Teodoro.

Segundo ele, a plataforma amplia o número de fiscalizações, já que reduz o custo e muitos procedimentos podem ser feitos online.

“A fiscalização será menos presencial e mais virtual. Com os registros dos contratos de corretagem e os anúncios feitos por meios eletrônicos, ficará muito mais fácil a checagem eletrônica entre eles, oferecendo mais agilidade e segurança ao processo. Já a fiscalização presencial será direcionada às denúncias e o exercício ilegal da profissão”, considerou.

De acordo com José Carneiro, sócio de Volpon na CF Inovação, responsável pela plataforma, o sistema facilita o trabalho dos corretores e também auxilia no processo de fiscalização, já que todos os dados estão registrando em blockchain.

“Não só a fiscalização do setor, como a Receita Federal podem observar os dados quando houver necessidade”, explicou.

Cartórios, imóveis e blockchain

O uso de blockchain no setor imobiliário nacional ocorre desde 2017 quando os primeiros casos de uso da tecnologia começaram a surgir no país. Desde então o uso evoluiu e atualmente a tecnologia está incorporada em todos os cartórios nacionais por meio do e-notoriado, um sistema desenvolvido pelo Colégio Notarial do Brasil/ Conselho Federal (CNB/CF).

Falando sobre o uso de blockchain no e-notoriado, a presidente do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal, CNB/CF, Giselle Oliveira de Barros, destacou em entrevista ao Cointelegraph que o uso de novas tecnologias no oferecimento de serviços digitais nos cartórios do Brasil devem impulsionar ainda mais a digitalização do setor.

Assim, segundo Giselle, o e-Notariado, plataforma em blockchain do CNB/CF e que é utilizada por mais de 7 mil cartórios no Brasil, ajuda a reduzir os custos da atividade e também acelerar o trânsito dos documentos.

“O e-Notariado coloca os Cartórios de Notas no século 21. É uma ferramenta importante que traz mais agilidade para o atendimento dos tabelionatos, ajudando também em todo o trânsito de documentos e na redução de custos indireta. Tudo feito de forma segura. Esperamos ver um crescimento em 2021 no uso da plataforma e-Notariado em todo o Brasil. ” destacou.

Ainda segundo o CNB/CF a ferramenta também está está em constante aperfeiçoamento e novas funcionalidades estão previstas para 2021.

Uma delas, já em operação, permite que o cidadão converta um documento físico para o formato digital e, a qualquer momento, pode transformar novamente este documento digital em uma versão física, em qualquer parte do Brasil, com o uso de blockchain.

“O módulo de autenticação de documentos em formato digital (CENAD) utiliza uma tecnologia blockchain própria dos notários, chamada de Notarchain. Com ela o cidadão pode levar um documento físico ao tabelionato e “desmaterializar” ele (digitalizar). O tabelião então vai autenticar essa cópia digital assegurada pelo Notarchain e disponibilizá-la ao cidadão como PDF, para ele enviar pelo WhatsApp, e-mail, etc. Quem receber a cópia pode “rematerializar”o documento autenticado em um cartório novamente”, afirmou o CNB/CF.