29/04/2024

Brasil Argentina Portal de Integração

Ordem Progresso União e Liberdade

Número de trabalhadores brasileiros ocupados passa de 100 milhões pela primeira vez

2 minutos de lectura
O número de empregados com carteira assinada aumentou 1,7% de agosto a outubro, comparado ao trimestre anterior - são 37,6 milhões. O desemprego caiu para 7,6% no mesmo período. Número de trabalhadores brasileiros ocupados passa de 100 milhões pela primeira vez Jornal Nacional/Reprodução O número de brasileiros com trabalho atualmente é o maior já registrado pelo IBGE. Quem ajudou a subir um prédio, já tem história para contar. Para Marcelo Gonçalves, o pacote veio completo: emprego na área dele e com carteira assinada. "Eu estava como auxiliar em outra construtora e aqui estou como almoxarife que é a minha especialidade", comemora ele. O número de empregados com carteira assinada aumentou 1,7% de agosto a outubro, comparado ao trimestre anterior. São 37,6 milhões de trabalhadores registrados e a quantidade de ocupados nunca foi tão grande. Pela primeira vez desde 2012, quando começou a série histórica do IBGE, o número de pessoas ocupadas ultrapassou os 100 milhões de brasileiros. Esse recorde mostra um aumento na quantidade de trabalhadores que conseguem ter uma renda no fim do mês, tentando subir na vida, mas esse dado também revela que nem todos fazem essa escalada de forma igual. Do prédio em construção na beira da praia, dá para ver a luta de outros brasileiros. O Genivaldo passa mais de seis horas vendendo cangas. "Dá pra me virar um pouco. Pelo menos estou trabalhando", diz. Ele está entre os quase 40 milhões de trabalhadores que estão na informalidade. Para o vendedor ambulante Rômulo de Paula, que nunca teve carteira assinada, o que vale é não desistir: "Dias melhores virão. Até no lixão nasce flor. Nós só queremos brilhar e vencer mesmo". A manicure Renata Nunes também corre atrás. Trabalha por conta própria, como mais de 25 milhões de brasileiros, e não é de hoje. "Eu tinha uma confeitaria, quebrou. Aí eu caí para dentro da faxina. Acabei tendo que abrir mão disso e aí fui ser manicure nail designer", conta ela. "A informalidade no Brasil é muito alta, é muito preocupante, e seus efeitos são muito difíceis de medir. Então, existe um longo caminho a se percorrer até reduzir os números absolutos. Eu diria que a gente está no começo de uma trajetória de redução", afirma Julia Braga, coordenadora do Ipea. Os números divulgados nesta quinta-feira (30) pelo IBGE revelam ainda que o desemprego caiu para 7,6% no trimestre terminado em outubro. É a menor taxa trimestral desde 2015. O encarregado de obra Valdélio Sérgio da Silva, que passou sufoco durante a pandemia, acabou de ser contratado: Valdélio: "Sem carteira assinada, você não tem respaldo de nada. Se machucar, também é difícil." Repórter: "Está feliz aqui?" Valdélio: "Com certeza, com certeza, sem sombra de dúvida. Muito feliz".

O número de empregados com carteira assinada aumentou 1,7% de agosto a outubro, comparado ao trimestre anterior – são 37,6 milhões. O desemprego caiu para 7,6% no mesmo período.

O número de brasileiros com trabalho atualmente é o maior já registrado pelo IBGE.

Quem ajudou a subir um prédio, já tem história para contar. Para Marcelo Gonçalves, o pacote veio completo: emprego na área dele e com carteira assinada.

«Eu estava como auxiliar em outra construtora e aqui estou como almoxarife que é a minha especialidade», comemora ele.

O número de empregados com carteira assinada aumentou 1,7% de agosto a outubro, comparado ao trimestre anterior. São 37,6 milhões de trabalhadores registrados e a quantidade de ocupados nunca foi tão grande.

Pela primeira vez desde 2012, quando começou a série histórica do IBGE, o número de pessoas ocupadas ultrapassou os 100 milhões de brasileiros. Esse recorde mostra um aumento na quantidade de trabalhadores que conseguem ter uma renda no fim do mês, tentando subir na vida, mas esse dado também revela que nem todos fazem essa escalada de forma igual.

Do prédio em construção na beira da praia, dá para ver a luta de outros brasileiros. O Genivaldo passa mais de seis horas vendendo cangas.

«Dá pra me virar um pouco. Pelo menos estou trabalhando», diz.

Ele está entre os quase 40 milhões de trabalhadores que estão na informalidade. Para o vendedor ambulante Rômulo de Paula, que nunca teve carteira assinada, o que vale é não desistir:

«Dias melhores virão. Até no lixão nasce flor. Nós só queremos brilhar e vencer mesmo».

A manicure Renata Nunes também corre atrás. Trabalha por conta própria, como mais de 25 milhões de brasileiros, e não é de hoje.

«Eu tinha uma confeitaria, quebrou. Aí eu caí para dentro da faxina. Acabei tendo que abrir mão disso e aí fui ser manicure nail designer», conta ela.

«A informalidade no Brasil é muito alta, é muito preocupante, e seus efeitos são muito difíceis de medir. Então, existe um longo caminho a se percorrer até reduzir os números absolutos. Eu diria que a gente está no começo de uma trajetória de redução», afirma Julia Braga, coordenadora do Ipea.

 

Os números divulgados nesta quinta-feira (30) pelo IBGE revelam ainda que o desemprego caiu para 7,6% no trimestre terminado em outubro. É a menor taxa trimestral desde 2015.

O encarregado de obra Valdélio Sérgio da Silva, que passou sufoco durante a pandemia, acabou de ser contratado:

Valdélio: «Sem carteira assinada, você não tem respaldo de nada. Se machucar, também é difícil.»
Repórter: «Está feliz aqui?»
Valdélio: «Com certeza, com certeza, sem sombra de dúvida. Muito feliz».